Vivo põe no ar rede celular com tecnologia GSM

A Vivo já colocou no ar a sua rede de telefonia celular com tecnologia GSM (Global System for Mobiles) em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde realiza testes. O presidente da Vivo, Roberto Lima, preferiu não comentar ontem o projeto, limitando-se a garantir que o cronograma está sendo cumprido. A expectativa é que a operadora inicie as vendas de terminais pré-pagos do seu novo padrão tecnológico até a campanha de Natal deste ano. Já os planos pós-pagos deverão ser oferecidos apenas entre fevereiro e março de 2007. A operadora investe R$ 1,08 bilhão para construir a rede GSM, que operará em paralelo à sua atual CDMA (Code Division Multiple Access).

Enquanto prepara o lançamento do GSM, a Vivo também trabalha em um novo posicionamento de mercado, diante da possível compra da TIM Brasil pela Claro. A companhia, historicamente líder do setor, perderia o topo do ranking para a operadora resultante da união entre mexicanos e italianos.

A Vivo atualmente lidera o setor, com uma participação de 29,8%. Mas, se a TIM for comprada pela Claro, a Vivo terá de concorrer com uma gigante cuja fatia de mercado beirará os 50%. Desde sua chegada, Lima tem procurado sanar os problemas urgentes e que prejudicaram a imagem da operadora – como necessidade de expansão da capacidade da rede, integração de sistemas e controle de fraudes e clonagens.

A empresa perdeu quase seis pontos de participação de mercado somente neste ano – saiu de 35,5% em dezembro de 2005 para 29,8% no final de outubro. Agora, vem atuando na linha de frente para captação e retenção de clientes. Os esforços internos, além da construção da rede GSM, estão direcionados para os novos planos de assinatura, que substituíram o portfólio anterior, e atendimento ao cliente. "Não adianta falarmos um monte de tecnologia se não oferecemos o básico, como um atendimento de qualidade.

Lima preferiu não mostrar qual será sua estratégia diante do novo cenário, mas deu a pista. "Uma empresa com 50 milhões de assinantes terá um churn (taxa de desconexão de clientes) enorme. E para qual operadora esses consumidores irão? Certamente, vão ter de migrar para alguma empresa", disse, com ar risonho diante da óbvia resposta. A Vivo será o único competidor de porte nacional para a operadora resultante da união entre TIM e Claro.

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