Em recente artigo publicado em vários jornais brasileiros, o imortal da Academia Brasileira de Letras escreveu sobre um povo brasileiro que desconheço? como majoritário em meu País.
Pertenço a um país onde a miscigenação é profunda, aliás, desde que Diogo Alves Corrêa, o Caramuru, casou-se com a índia Paraguaçu e nasceu o primeiro brasileiro na terra Bahia, onde o mar e a poesia têm um porto Salvador.
Pertenço a um povo que é a mistura de todas as raças e etnias, de todas as culturas que estão presentes no planeta terra. E esta mistura educou-nos a ser o povo mais pluralista e, portanto, profundamente benevolente.
Pertenço ao povo mais criativo, onde encontramos o mesmo cidadão com diversas aptidões, exercendo inúmeras profissões, para tentar ganhar o pão nosso de cada dia, de forma honesta.
Pertenço a um povo que mesmo sendo gari ou faxineiro de aeroporto e ganhando péssimos salários, ao encontrar uma mala cheia de dólares ou diamantes devolve ao dono, mesmo sabendo que não irá ganhar nada parecido com estas somas, em toda a sua vida.
Pertenço a um povo que é o mais lindo da Terra, e por ser o mais belo, também é o mais alegre, o mais festeiro, o mais criativo, amoroso e o mais solidário de todos os povos.
Pertenço a um povo que é o orgulho de uma raça que não se entrega não!
Aliás, o melhor do Brasil é o seu povo. Viva o povo brasileiro!
Apesar de termos uma das piores distribuições de renda do planeta, apesar de termos sido um dos últimos países a terem abolido a escravidão negra e ainda, ao abolir a escravatura, não se fez justiça com a Reforma Agrária, ainda assim, somos a mais brilhante sociedade humanista, pois aqui não temos conflito étnico. Profetizamos inúmeras religiões e também não temos nenhum conflito religioso. O ecumenismo e o sincretismo é outra maravilhosa sabedoria do povo brasileiro.
Viva o povo brasileiro!
Pertenço a um país onde a sua elite política e econômica têm a mania de acharem que somos um mercado e não uma Nação, como se fôssemos apenas uma empresa boa para os outros auferirem seus lucros.
Pertenço a um país onde a tradição de regimes autoritários é muito maior do que os períodos democráticos. E isso implica na desorganização política do tecido social popular, afinal os golpes são contra o povo!
Pertenço a um país onde os meios de comunicação não possuem compromissos com a informação do seu cidadão. Pois os meios de comunicação nos vêem também como um mercado (salvo raríssimas exceções). E o mercado não tem território, nem nacionalidade, não tem espaço, não tem povo!
Pertenço a um país onde 70% das grandes empresas não são brasileiras. E cujas matrizes não estão no Brasil, mas recebem os lucros, enviados para fora daqui, em dólares. E ainda por cima, são os grandes patrocinadores do silêncio dos meios de comunicação, dos mensalões e campanhas eleitorais, com raras e honrosas exceções.
Mas, apesar de todas estas contradições, com os FHCs e Lullas da vida, o nosso amado povo brasileiro adora trabalhar, sonhar e é, portanto, cheio de esperança!
Pertenço a um Povo, o Brasileiro, que nunca acreditou nos Sassás Mutemas da pol$tica. Mas as elites intelectuais: de Wefot(s, Emir(es) e Frei(s) Beto(s) acabaram lhes impondo um. O povo brasileiro sempre teve a sapiência de nosso imortal do humor Aporely, O Barão de Itararé que, em 1950, escreveu com grande premonição artística: ?Queres conhecer o Ignácio? Leve-o para o Palácio!?.
Apesar deste e outros traidores, o Brasil está sentenciado a ser a maior nação do mundo, porque temos o reator solar o ano todo para iluminar a nossa agricultura multidiversa, água abundante, terras férteis, e um povo extraordinário!
Estamos sentenciados a sermos a maior potência do planeta, fornecendo combustíveis limpos, eternamente renováveis e verdadeiros. Afinal a era do petróleo está com os dias contados. Desta forma os povos do mundo inteiro esperam que o Brasil assuma o seu papel, o papel que a história lhe aponta, substituindo a importância, hoje, exercida pelo Oriente Médio.
Quem tem energia, tem poder!
Por isso, mais uma vez, viva o povo brasileiro!
hasiel@pr.gov.br.