Brasília – Com 59,10 milhões de votos, o comércio de armas de fogo e munição fica permitido no Brasil. A apuração dos votos do referendo de domingo (23) foi concluída apenas hoje devido às dificuldades de transporte das urnas de alguns vilarejos e estados atingidos pela seca. Os últimos votos apurados foram os de uma urna da localidade de São Salvador, que fica em um seringal no interior do Acre.

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Desde as 21h40 de domingo, o resultado já estava definido. Os eleitores disseram "Não" à proibição proposta pelo referendo, com 63,94% de votos válidos. Trinta e três milhões de eleitores (36,06%) disseram "Sim" ao fim do comércio de armas e munição no país. Dos 122 milhões de eleitores, 21,85% dos eleitores não compareceram aos locais de votação ou justificaram a ausência. Os votos nulos foram 1,68% e os em branco, 1,39%. O total de votos válidos foi de 95.375.824 (78,15%).

A região Sul foi a que apresentou a maior diferença entre números de voto entre o "Sim" e o "Não". Apenas 20,41% da população votou pela proibição das armas. Na região Nordeste, a disputa foi mais apertada: o "Não" recebeu o voto de 57,51% da população, enquanto o "Sim" obteve 42,49%.

O município que registrou a maior vitória do "Sim", com 78,60%, foi Rio do Pires, na Bahia. O Acre foi o responsável pela maior vitória do "Não". No município acreano de Marechal Thaumaturgo, 97,44% da população votou pela comercialização de armas. Dois municípios registraram empate entre as duas respostas: Canhotinho (PE) e Apodi (RN).

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O maior número de abstenções foi registrado no município de Melgaço, no Pará, 62,29%, e o menor em Chuvisca, no Rio Grande do Sul, 6,74%. Em 12 estados, o voto "Não" ganhou em todos os municípios. Pará, Rio de Janeiro e Sergipe foram os estados que tiveram apenas uma vitória do "Sim".