O cultivo de cana-de-açúcar para a expansão da produção de etanol não será permitido na região amazônica e no Pantanal. Trata-se de uma vitória moral da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobretudo diante do gigantismo da proporção do desmatamento que abriu intermináveis clareiras na floresta até então intocada.

continua após a publicidade

Até o meio do próximo ano, o MMA deverá concluir os trabalhos de zoneamento ambiental, a fim de coibir de uma vez por todas a utilização de terras em ambas as regiões para explorações agrícolas intensivas.

A vitória da ministra Marina Silva e dos ambientalistas em geral tornou-se ainda mais expressiva, tendo em vista que, há poucos dias, seu colega da Agricultura, o ministro Rein-hold Stephanes, afirmara que o plantio de cana-de-açúcar seria liberado nas áreas degradadas da Amazônia.

Mesmo assim, com o advento da proteção ambiental sacramentada em proposições legais, as organizações preservacionistas continuam a temer pelo futuro do inigualável patrimônio natural, face à pressão da demanda mundial crescente de combustíveis, entre eles o etanol.

continua após a publicidade

Por enquanto, o governo brasileiro jura fidelidade ao compromisso de reprimir o avanço predatório sobre a Amazônia e o Pantanal. Esta é, com certeza, uma atitude digna de estadistas comprometidos com as atuais e futuras gerações.