O corpo do alpinista brasileiro Vitor Negrete, de 38 anos, que morreu depois de conseguir atingir o topo do Monte Everest nesta sexta-feira, terá que ser enterrado na própria montanha. Como a morte ocorreu na face norte, que fica no território da China, o uso de helicóptero para a remoção do cadáver é proibida pela lei do país asiático. Diante deste problema, o sepultamento terá que ser próximo do local que serve como o último acampamento, a 8.300 metros de altitude, antes do pico do Everest – 8.844 metros.

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Por não ter condições físicas de passar dos 5 mil metros de altitude, Rodrigo Raineri – companheiro de Negrete na expedição – ficou no acampamento 2 e só poderá chegar ao local onde está o corpo do amigo no início da próxima semana para realizar o enterro. Em Campinas (interior de São Paulo), Vitor Negrete deixa a esposa Marina e os filhos Leon, de dois anos, e Davi, de nove meses.

O repórter Clayton Conservani, da TV Globo, que já realizou duas expedições com o alpinista – inclusive uma ao Everest no ano passado -, lamentou a morte do amigo. "O Vitor era um homem forte e experiente em escaladas. Lá em cima o ar é muito rarefeito e o corpo vai definhando mesmo. E geralmente os acidentes no Everest ocorrem mesmo durante a descida", disse Clayton, em depoimento ao programa Globo Esporte.

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