Vítimas do PCC em SP levaram tiros de longa distância

Um laudo divulgado  nesta sexta-feira (1º) pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) mostra que a maioria (87,42%) das mortes por arma de fogo ocorridas entre 12 e 20 de maio no Estado foi causada por disparos à longa distância. O período corresponde à primeira onda de ataques atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O documento foi entregue aos Ministérios Públicos Estadual e Federal e à Defensoria Pública de São Paulo.

Segundo a avaliação, 431 dos 493 laudos necroscópicos analisados por 23 Institutos Médicos Legais (IMLs) de todo o Estado apontam que as vítimas foram alvejadas a longa distância. Outras 51 pessoas (10,34%) morreram com tiros disparados à curta distância e 11 (2,23%) foram vítimas de tiros dados à queima-roupa.

Entre os mortos, há a prevalência do sexo masculino (475 casos ou 96,3%). Foram mortas apenas 18 mulheres (3,7%). A maioria das vítimas era jovem: 45% tinham entre 21 a 31 anos e 16,5%, entre 31 a 41 anos. Dos laudos analisados, foram constatadas 2.359 lesões a tiros nas 493 vítimas, uma média de 4,78 disparos por cadáver. No dia 15 de maio, data em que houve 117 vítimas fatais por armas de fogo, a média foi de 5,8 disparos. Também foram registradas muitas ocorrências nos dias 14 (82 óbitos) e 16 de maio (89).

O Cremesp constatou também que as áreas mais atingidas das vítimas foram o tórax (30,48% dos casos), cabeça e pescoço (27 51%), braços (16,57%), abdome (14,45%) e pernas (9,87%). Entre os dias 12 e 20 de maio, a maioria das mortes aconteceu nas regiões mais atacadas pelo crime organizado. Na capital paulista foram 163 óbitos por armas de fogo. Em seguida veio Guarulhos (54), Guarujá (29) e Osasco (22).

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