Vítimas de chacina no RJ terão enterro coletivo em Nova Iguaçu

A prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está organizando um enterro coletivo para as 11 pessoas mortas, entre elas três crianças, em um bar na noite de ontem. Ao todo, 41 pessoas podem ter sido assassinadas na noite de ontem na região. Vizinhos do bar no bairro da Posse, contaram que viram um Kadett de cor cinza e uma moto, deixando o local, um pouco depois da chacina.

O dono do bar, Carlos Henrique Assis, que perdeu a mulher, Elizabeth Oliveira, disse que tinha saído para comprar carne e que ao voltar encontrou os corpos ensangüentados. "As pessoas não mereciam isso, mas aqui isso é comum. Os policiais chegam, colocam as pessoas viradas com o rosto virado para a parede e batem em todo mundo." Uma moça identificada apenas como Quênia, que trabalhava com Elizabeth e Assis no bar, foi atingida na boca e está internada em estado grave no Hospital da Posse.

O garoto Paulo Alberto Carlos Alves, de 16 anos, estava na escola ontem à noite quando foi surpreendido pela notícia de que seu irmão Felipe, de treze anos, havia sido assassinado no bar que fica perto de sua casa. "Meu padrasto foi lá na escola me chamar e quando cheguei vi o corpo de meu irmão estendido no chão", disse o menino. A mãe dele que é faxineira, também estava trabalhando. Quando soube da notícia, desmaiou e teve uma crise nervosa. Robson Albino de 37 anos, funcionário da prefeitura de Nova Iguaçu, também foi morto no bar.

Uma prima dele, Sonia Maria Albino contou que pouco antes havia estado com ele. "Ele estava em casa vendo novela e me disse que iria tomar uma cerveja. Foi para não voltar", disse Sonia, que está no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu aguardando notícias sobre liberação do corpo.

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