Vítima da poeira tóxica entra na lista de mortos do WTC

O nome da advogada Felicia Dunn-Jones foi acrescentado nesta quinta-feira (24) à lista de mortos do ataque ao World Trade Center, em setembro de 2001. Felicia escapou do colapso das torres e conseguiu atravessar a grossa nuvem de poeira formada pela queda da estrutura, mas morreu cinco meses depois, em fevereiro de 2002, vítima de complicações respiratórias.

Segundo os médicos, os problemas de saúde de Felicia foram causados pela exposição à poeira tóxica do WTC. Esse é o primeiro caso confirmado de morte por causa da exposição à poeira causada pela queda das torres gêmeas.

Assim, o novo total de vítimas dos ataques de 11 de Setembro subiu para 2.750. A relação entre o atentado e a intoxicação pela poeira tóxica poderia abrir um precedente para que mais mortes sejam atribuídas à queda das torres.

Logo após os ataques, funcionários da Agência de Proteção Ambiental dos EUA garantiram a moradores da região que o ar do local estava limpo, mas amostras colhidas pelo mesmo órgão, alguns dias depois, mostraram uma alta concentração de asbesto, uma variedade de amianto.

De acordo com um estudo feito pelo Mount Sinai Medical Center, de Nova York, publicado ano passado, cerca de 70% dos milhares de bombeiros e voluntários que trabalharam nos escombros do WTC sofrem de problemas respiratórios.

A deputada Carolyn Maloney, que solicitou o laudo sobre Felicia, desconfia que haja mais vítimas da poeira tóxica, embora ninguém consiga ainda estimar quantas seriam.

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