Apesar da lentidão dos projetos vitais para a dinamização do setor produtivo e a abertura de novos postos de trabalho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem agido com responsabilidade no conturbado cenário da recuperação do ritmo de crescimento do País.
Demonstrativo cabal dessa visão de futuro está no apoio financeiro à indústria naval, localizada em maior volume no Estado do Rio de Janeiro. Em se tratando de um nicho dependente de financiamentos de vulto, o banco inscreveu em sua agenda de prioridades a aplicação da disponibilidade de recursos do Fundo de Marinha Mercante.
No exercício de 2006, segundo o retrospecto do BNDES, foram classificados nove projetos para a construção de 47 embarcações de tipos e especificações diferentes, com um investimento total de R$ 5,7 bilhões. No período 2007/2011, a instituição deverá injetar recursos em mais 23 projetos em andamento, conforme revelou a revista Conjuntura Econômica, da Fundação Getúlio Vargas, com investimentos da ordem de R$ 7,2 bilhões.
A indústria naval tem um peso específico na perspectiva geral do desenvolvimento econômico brasileiro, mas atravessou nos últimos anos uma crise sem precedentes que a levou a uma perigosa estagnação. Entretanto, a atuação decisiva do BNDES não significa apenas a retomada de empreendimentos rentáveis, mas a confiabilidade em respostas positivas na geração de empregos e renda.
O pólo tradicional da indústria naval está no Rio de Janeiro, onde logicamente se concentra a maior fatia do bolo dos investimentos, embora o banco esteja presente também em projetos desenvolvidos em estaleiros das regiões Norte e Sul. Um dos aspectos que o governo pretende estimular é a descentralização do setor.
A construção de navios e plataformas submarinas para a exploração de petróleo, privilegiando a inserção de empresas nacionais, de outro lado, tem a facilidade de atrair o interesse dos maiores investidores internacionais, o que já acontece com grupos originários de Cingapura, Coréia do Sul e Noruega, atuantes no Brasil.
