O novo presidente da Câmara será escolhido amanhã (14) depois de um confronto interno no PT que rachou os partidos aliados e exigiu uma interferência direta do governo. O candidato oficial do PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), continuará buscando voto a voto para tentar garantir a vitória em primeiro turno. Apesar dos apelos da cúpula petista, o candidato dissidente do partido, Virgílio Guimarães (MG), permanecia na disputa até hoje à noite, assim como os outros concorrentes: Severino Cavalcanti (PP-PE), José Carlos Aleluia (PFL-BA) e Jair Bolsonaro (PFL-RJ).

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Num clima oposto, no qual prevaleceu o acordo político, o Senado também escolherá o sucessor de José Sarney (PMDB-AP), com a eleição do peemedebista Renan Calheiros (AL). Na Câmara, foram frustradas as tentativas de entendimento para fazer valer a tradição de eleger a Mesa Diretora de acordo com a proporcionalidade dos partidos na Casa.

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), promete um ambiente de tranqüilidade, apesar dos ânimos acirrados. Ao final de uma reunião com o PT no início da noite, Greenhalgh reconheceu que a disputa será apertada. "Há muitos candidatos, mas estamos preparados." No encontro, o presidente do partido, José Genoino, pediu a cada um que reforce o corpo-a-corpo até a votação.

Para facilitar as negociações na partilha de cargos na Mesa, a bancada também concordou em dar uma das suas suplências a um partido. Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), o beneficiado deverá ser o PDT, que assumiu posição oficial em favor do candidato do PT. Enquanto isso, o PMDB continuava sendo a principal preocupação dos coordenadores da campanha de Greenhalgh.

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