O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) disse há pouco que não teme qualquer punição por estar desafiando a direção do partido com sua candidatura à presidência da Câmara. Dessa forma, ele rebateu a sugestão do presidente do PT, José Genoino (SP), feita hoje (09), para que retire sua candidatura. A bancada petista apóia o nome de Luiz Eduardo Greenhalgh. "Vou meditar sobre as declarações do presidente do meu partido, mas minha candidatura continua firme" disse o deputado.
Guimarães reiterou que não teme ser punido, pois "não há punição sem crime." Segundo ele, as regras atuais determinam que o partido pode ter um candidato indicado pela bancada e outro inscrito pelo próprio mandato. "Sou inscrito pelas regras. Todos devem se habituar a aplicar as regras do jogo, que são corretas e existem sobretudo por conta da ação do próprio PT", afirmou. O deputado destacou que aplica a linha política do partido, o que também não indica "crime".
Guimarães se reuniu hoje (09) com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, acompanhado de cinco deputados do PT, do PTB e do PL, além do prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (PDT).
Guimarães afirmou ao fim do encontro que a MP 232, que determina aumento da alíquota do IR para o setor de serviços, precisa ser reformulada. A afirmação vai ao encontro do que vem defendendo os empresários. Guimarães disse que não veio buscar votos nem apoio, mas apenas conversar com Skaf.
Na semana passada, a Fiesp, a CNI, a Fiemg e a Fiep (Paraná) definiram em conjunto uma estratégia para derrubar a MP 232, cujo foco principal será a pressão sobre o Legislativo e o Executivo.
