Virgílio diz que qualquer desfecho da crise será ‘difícil’ e ‘traumático’

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou hoje que, qualquer que seja o desfecho da crise em torno do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, será "difícil e traumático" para o Brasil.

O partido quer uma definição rápida para a situação de Palocci, pressionado por uma crescente onda de denúncias. Virgílio disse que vive um dilema: endurecer o discurso contra ele, contribuindo com a demissão, ou exigir explicações das acusações de corrupção.

"Confesso que não é uma tarefa nada agradável para mim", afirmou o líder do PSDB no Senado, que interpelará Palocci quando ele comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, no dia 22.

"O ministro vai jogar uma partida decisiva no dia 22, como se fosse o final da Copa", avaliou. A legenda cobra do ministro da Fazenda esclarecimentos de pontos considerados nevrálgicos: a relação com ex-assessores acusados de prática de corrupção durante a gestão dele como prefeito de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o relacionamento com esses ex-auxiliares como ministro e, por último, o papel como arrecadador de recursos para o PT.

"Sabemos como tudo isso é grave e sabemos também que Palocci não é um ministro qualquer. O Brasil não pode deixar de agradecer a ele", emendou Virgílio, elogiando Palocci por ele ter posto a economia no rumo, "mesmo em meio à crise de desconfiança do governo do PT".

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