O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), divulgou uma nota há pouco anunciando que vai requer a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as denúncias da Revista "Veja" sobre o suposto envolvimento de petebistas no esquema de cobrança de propinas na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Pelo regimento do Legislativo, uma CPI só pode ser aberta se existir um fato suspeito determinado. Virgílio disse considerar que, no caso, o ato de corrupção envolvendo funcionários dos Correios é o chamado "fato determinado". "Mas a investigação abrangerá as empresas estatais também citadas, as quais, por terem autonomia financeira, ficam fora dos cortes orçamentários promovidos pela equipe econômica e, por isso, tornariam-se alvos preferenciais de certas práticas escusas", afirmou. Ele referia-se à menção feita pelo ex-chefe do Departamento de Contratação e Aquisição de Material da ECT Maurício Marinho de que existiria um esquema do PTB em outras empresas, além dos Correios, como Petrobras e BR Distribuidora. Virgílio afirmou que a investigação deve ser feita pelo Ministério Público (MP) e pela CPI e que não aceita que o governo "procure, meramente, desviar a atenção para o PTB, como se fosse um caso isolado, quando tudo indica se tratar de corrupção que se alastra por vários setores do governo".
