O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, procurou esta manhã os jornalistas, no comitê de imprensa, para defender dois deputados petistas da acusação de que seus assessores teriam freqüentado a agência do Banco Rural, no período em que, segundo denúncias, o dinheiro do mensalão teria sido retirado.
Virgílio disse ter recebido informações do deputado Paulo Delgado (PT-MG), de que um funcionário do seu gabinete esteve na agência do banco para depositar o pagamento de R$ 2 mil que ele devia a um marceneiro de Juiz de Fora.
Segundo o líder tucano, Delgado ficou de investigar a situação de outro assessor, indicado para trabalhar em seu gabinete pela direção nacional do PT, e se for constatado que ele tem algum envolvimento no caso, será demitido.
Já com relação ao deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF), Virgílio disse que o que ocorreu foi que a empregada do deputado teria ido ao banco receber o pagamento por um "bico" no valor de R$ 400,00. Virgílio frisou que não quer desqualificar a denúncia do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia, mas defendeu a necessidade de a oposição ter mais cautela em relação às acusações, para não repetir o que o PT fazia, de não dar a ninguém o benefício da dúvida.
Ontem, o líder acusou o presidente Lula, em discurso da tribuna, de ser conivente com a corrupção denunciada no seu governo ou de ser idiota por não perceber o que se passava.