Brasília – O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reunirá com a direção nacional do partido para discutir os critérios a serem adotados na escolha do candidato a presidente.
A data ainda não está confirmada. Virgílio afirmou não acreditar que Fernando Henrique teria se definido em favor do prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), conforme reportagem publicada hoje no jornal "Folha de S.Paulo".
"Isso, para mim, é a mais completa novidade", afirmou. "Como a figura mais importante do partido, o ex-presidente Fernando Henrique não iria emitir opiniões prévias", acrescentou. O líder do PSDB no Senado disse que o jantar de ontem (17) do presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, foi proveitoso.
Virgílio e classificou-o como "um encontro de amigos". Segundo ele, três pontos estão claros: primeiro, Alckmin é um postulante legítimo à Presidência da República; segundo, ele aceita que a direção defina os critérios que levarão a sigla a escolher o candidato – e esses princípios seriam submetidos aos dois – Serra e Alckmin – e, por fim, o governador aceita que essa decisão seja anunciada o mais rapidamente possível.
Virgílio afirmou que os critérios, cuja discussão foi iniciada ontem (17) à noite, serão objetivos e "darão legitimidade ao escolhido e plena conformação ao preterido porque, infelizmente, só pode ser escolhido um".
"Seria o fim da picada não resolver de maneira inteligente este problema agradável, que é o excesso de bons nomes no PSDB", observou. Fazendo uma comparação dessa situação com o futebol, o líder do PSDB disse que seria o mesmo que escolher entre Ronaldinho Gaúcho e Ronaldinho Fenômeno.
Virgílio ressaltou que, se consultado, vai sugerir como critérios a mistura de pesquisas qualitativa e quantitativa, índice de rejeição, confronto com os adversários à sucessão presidencial, os reflexos da eventual saída de Serra da Prefeitura e o resultado das negociações com o PFL e aliados potenciais, além da consulta à estrutura do próprio PSDB.