A Unidos do Viradouro foi buscar seu samba-enredo em um momento de tensão no mundo. Enquanto a gripe suína se propagava a partir do México, onde os primeiros casos foram noticiados no primeiro semestre de 2009, os carnavalescos da escola se apegaram ao país e o elegeu tema do desfile. “Enquanto se falava em doença, os nossos carnavalescos pinçaram as cores e a alegria do México, que é um país muito próximo do Brasil culturalmente,” afirmou Joice Hurtado, assessora da Viradouro.
A referência às cores e alegria vai aparecer logo no abre-alas. Um dos destaques será a representação de um dos maiores pintores da história mexicana, Diego Rivera (1886 – 1957), interpretado pelo ator Marcos Oliveira, o Beiçola de “A Grande Família”. As origens da cultura do México também serão lembradas por outras figuras históricas, como o rei asteca Montezuma, e o explorador espanhol Hernán Cortez.
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Viradouro buscou inspiração nas cores e na alegria do México. |
Antes do desfile, a Viradouro ainda precisa resolver um impasse. A escola aguarda autorização do Juizado de Menores do Rio para que Júlia Lira, de 7 anos, possa assumir o posto de rainha da bateria. A menina é filha do presidente Marco Lira e foi escolhida para um posto que já teve as musas Juliana Paes e Luma de Oliveira.
“O pedido de autorização foi encaminhado ao juizado com um anexo do figurino da rainha. A intenção é mostrar que a fantasia não prejudica a imagem de Júlia enquanto criança”, afirmou a Viradouro. A escola não revela qual é a roupa, mas diz que ela segue a mesma linha dos integrantes da bateria, que se apresentarão vestidos de Jack Sparrow, o famoso “pirata do Caribe”.
A Viradouro será a quarta escola a desfilar no primeiro dia de carnaval no Rio. A previsão é que ela entre na avenida à 1h30, (madrugada de segunda-feira). Sem conquistar um título há 12 anos, a vermelho e branca vai tentar quebrar esse jejum com os carnavalescos Edson Pereira e Junior Schall, além dos cerca de 3.500 integrantes espalhados por 34 alas.
O único título da Viradouro foi conquistado em 1997, com Joãozinho 30, que comandou o samba-enredo “Trevas, Luz e a Explosão do Universo”. A escola não revelou o investimento para o desfile deste ano.