A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nos dias 5 e 6 de junho, será marcada por uma rara e profunda modificação positiva no cenário econômico brasileiro. Considerados preços-chaves, o câmbio e os juros moveram-se em uma clara trajetória de queda, desde o último encontro do colegiado do Banco Central, em abril.
O dólar, que estava cotado em R$ 2,021 em 13 de abril, fechou ontem em R$ 1,944. Movimento semelhante foi observado nos contratos futuros de juros, em curva descendente.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os juros dos contratos de três anos recuaram e já se situam no nível de 10,15% ao ano, bem próximo de uma taxa nominal de apenas um dígito. A taxa de um ano está em 10,94%. Sem artificialismos, a taxa recuou calcada na melhora dos cenários para o comportamento da inflação no curto e médio prazos. Taxas de contratos de DI futuro mais longos – de 2011 em diante – já estão em um dígito. Em relação à Selic, depois de manter o corte dos juros em 0,25 ponto porcentual na reunião anterior, o Copom, acredita a maioria do mercado, vai se render às mudanças para melhor do cenário nacional e internacional e começará um período de cortes de 0,50 ponto porcentual.