Vira-lata mata recém-nascido em Londrina

Londrina – O corpo de Ana Luiza de Moraes, de apenas 17 dias, foi sepultado hoje (6), em Londrina. O bebê morreu na tarde de quinta-feira, vítima de politraumatismo craniano provocado pelas mordidas do cachorro Rambo, que havia sido doado à sua família há cerca de sete meses.

O cachorro, um vira-lata de porte médio e com a aparência de um boxer, já tinha um histórico de violência. Várias pessoas haviam sido atacadas por ele. Uma de suas vítimas é o operário Claudemir Bertoncini, que trabalha próximo à casa da família de Ana Luiza. Ele contou à Agência Estado ter sido atacado pelo menos quatro vezes por Rambo e só se livrou das mordidas porque conseguiu utilizar como escudo a bicicleta que usa para ir ao trabalho.

Bertoncini foi uma das dezenas de pessoas, entre parentes, vizinhos e curiosos, que compareceram ao velório de Ana Luiza.

A mãe do bebê, Regina Lúcia de Moraes, também foi atacada por Rambo ao tentar socorrer a menina. Ela teve ferimentos nos braços e nas pernas, mas sem gravidade. A menina, que dormia em seu carrinho quando foi atacada pelo cão, foi levada com vida ao Hospital Infantil pelo serviço médico do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.

A família de Ana Luiza mora em uma pequena casa em num bairro da periferia de Londrina. Um dos cômodos é ocupado pela avó da criança, Doraci Aparecida de Lima, que deu o alerta sobre o ataque do cachorro. Rambo ficará dez dias em observação e, depois, deve ser sacrificado.

O último ataque fatal de cachorro registrado no Paraná ocorreu em setembro do ano passado. O menino Guilherme Vieira, de dois anos, residente em Ponta Grossa, foi morto por um pit-bull. Em maio, Rosália Lauro Pereira, 58 anos, residente em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, foi morta por seu cão, da raça rottweiler.

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