Violência em Jerusalém deixou 32 feridos

Trinta e duas pessoas – 17 manifestantes e 15 policiais – ficaram feridas hoje em episódios de violência ocasionados por conta de uma polêmica reforma promovida pelo governo de Israel na Esplanada das Mesquitas, local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Centenas de islâmicos devotos atiraram pedras e garrafas e entraram em choque com a polícia.

A polícia enviou reforço de 200 agentes numa tentativa de dispersar os indignados manifestantes muçulmanos, disse Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense. De acordo com testemunhas, os policiais invadiram a Esplanada das Mesquitas, lançaram bombas de efeito moral e dispararam balas de borracha. A polícia nega que balas de borracha tenham sido disparadas. Em meio aos confrontos, entre 200 e 300 manifestantes correram para o interior da Mesquita de Al-Aqsa, considerada o terceiro local mais sagrado do mundo para os muçulmanos. A polícia deteve-se perto da mesquita, mas não a invadiu.

Depois dos episódios, a polícia israelense fechou todos os portões da Cidade Velha de Jerusalém e desconectou os alto-falantes por meio dos quais líderes incitavam os manifestantes.

A violência de hoje é o desfecho de dias de tensão por causa das reformas ordenadas pelo governo israelense. Há temores de que a violência se dissemine de Jerusalém Oriental para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, como ocorreu com a intifada de 2000. Muçulmanos temem que a construção de uma rampa de acesso provoque danos à Esplanada das Mesquitas, chamada de Monte do Templo pelos judeus e de Santuário Nobre pelos muçulmanos. Autoridades israelenses asseguram que a reforma não provocará danos.

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