Foto por: Desmond Kwande
Um total de 20 chefe de Estado africanos estará presente nesta sexta-feira na cerimônia de abertura e na partida inaugural do Mundial da África do Sul, no estádio Soccer City de Johannesburgo. “Pode ser que venham outros, mas há vinte confirmados até agora”, afirmou Ayande Ntsaluba, diretor-geral do ministério de Assuntos Exteriores sul-africano, falando sobre a presença de lideres do continente negro.
Segundo ele, os presidentes Robert Mugabe, do Zimbábue, e Mwai Kibaki, do Quênia, também irão ao Soccer City, pois fazem parte das personalidade que aceitaram os convites feitos.
Mugabe está sujeito à proibição de viajar para a União Europeia e Estados Unidos por um suposto envolvimento em uma série de delitos, inclusive eleitorais, mas, mesmo assim, viajará para a África do Sul.
“A África do Sul convidou a todos os chefes de Estado para agradecer por seu apoio a este evento”, destacou Ntsaluba.
Já o presidente sudanês Omar Al-Bashir, sobre quem pesa uma ordem de prisão internacional por crimes contra a Humanidade em Darfur, recusou o convite para a inauguração do Mundial da África do Sul.
“Ele foi convidado para o Mundial, mas indicou que não virá”, informou Ayanda Ntsabluba.
O não de Al-Bashir ao convite acontece depois que, no final de maio, o presidente sul-africano Jacob Zuma ter dito que seu colega sudanês seria detido se pisasse em território sul-africano.
“A África do Sul respeita o direito internacional e, como signatário dos tratados, aplicará a lei”, afirmou Zuma ante o Parlamento, em resposta a uma pergunta sobre o que faria caso Bashir resolvesse visitar seu país por ocasião da Copa.
Bashir está, desde março de 2009, com uma ordem de prisão internacional emitida pela Corte Penal Internacional por seu envolvimento no conflito de Darfur (oeste do Sudão), no qual a ONU contabiliza 300.000 mortos desde 2003.
