A saída do ministro da Defesa, José Viegas Filho, tinha sido decidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva um dia antes da substituição do diplomata pelo vice-presidente José Alencar. Demissionário, Viegas esperou 12 dias para deixar o cargo, desde que escreveu a carta com seu pedido de demissão. O anúncio da saída estava acertado para o final da tarde de quarta-feira, mas ele só foi chamado pelo Palácio do Planalto na manhã de hoje.
Quando deixou o ministério ao meio dia de hoje, Viegas foi para casa em carro oficial e entregou o telefone celular funcional ao ajudante de ordens, determinando que o militar voltasse ao ministério. Ele estava cansado pelo desgaste das últimas semanas e pediu para não ser incomodado. “Quem quiser saber meu pensamento, que leia esta carta”, disse a um assessor que perguntou se ele não daria entrevistas para explicar a sua saída.
O último ato formal de Viegas foi a publicação no Diário Oficial do decreto 5.261, assinado por ele e pelo presidente Lula, mudando a destinação da 11º Brigada de Infantaria Blindada do Exército, de Campinas, para brigada de infantaria leve, com a missão de dispersar conflitos em manifestações de rua. No mesmo decreto Viegas e Lula extinguem a 5ª Brigada de Infantaria Blindada que funciona no Rio de Janeiro.
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna