Viegas dá como encerrada crise no Exército

O ministro da Defesa, José Viegas, disse que com a divulgação ontem, pelo Exército, de nova nota sobre a as fotos do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do Doi-Codi, em São Paulo, “o governo dá o caso como encerrado”. Segundo Viegas “a nota recoloca nos seus devidos termos a situação provocada pela nota de domingo e isso resolve a questão”, afirmou à saída da sessão em homenagem ao Dia da Aviação, que está sendo realizada na Câmara dos Deputados.

A nota divulgada pelo Exército no domingo afirmava que as medidas adotadas na época foram legítimas e uma resposta à aqueles que optaram pelo radicalismo e pela ilegalidade. Também afirmava que o Exército não tem registros da época. Ontem, o Exército lamentou a morte do jornalista.

Viegas ressaltou que tem declarado que não existem arquivos sobre a Guerrilha do Araguaia. “Desconheço que existam outros arquivos. Não fiz esta pesquisa”, declarou o ministro, ressalvando que se for necessário será feita esta pesquisa. As fotos publicadas no domingo pelo jornal Correio Braziliense, do jornalista nu nas dependências do DOI, que deslancharam um crise na área militar, faziam parte de arquivos do órgão que estavam em poder da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Na sessão estão presentes o comando da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, o Comandante da Marinha, Roberto Guimarães. O pivô da crise, o general do Exército, que assinou a nota divulgada ontem, Francisco Albuquerque, não está presente na cerimônia e está sendo representado pelo general José Felipe Biasi, subsecretário de economia e finanças do exército.

A deputada Maninha (PT-DF), que pediu a sessão de homenagem à Aeronáutica, em seu discurso, lembrou que depois de “48 horas de turbulência”, todos estavam naquela sessão em um momento de confraternização. “Todas as soluções se encontram com muito diálogo e muita conversa. Num Estado democrático, o poder civil e militar se juntam para que a sociedade tire dessa junção um fato positivo”, disse. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, por sua vez, disse que todos que estavam ali podiam ficar tranqüilos “porque o céu era de brigadeiro”.

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