O vice-ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Emílio Gimenez, informou há pouco que o governo paraguaio deu garantias ao Brasil de que não haverá mais bloqueios da Ponte da Amizade, que liga os dois países, na região de Foz do Iguaçu. Em princípio, informou Gimenez, a ponte estaria desbloqueada na tarde de hoje. O bloqueio foi uma das medidas adotadas por associações populares paraguaias em protesto contra apreensões de veículos pelas autoridades brasileiras e contra a intensificação da fiscalização.
As declarações do vice-ministro paraguaio foram feitas após negociações com autoridades brasileiras, no Itamaraty, nas quais foi reafirmada a adoção de medidas que faziam parte de um acordo firmado em abril de 2005. Por esse acordo, os dois países se comprometeram a tratar da reconversão das atividades econômicas na região de fronteira com regras claras sobre o fluxo de pessoas e de veículos na região. Uma dessas regras será a adoção, do lado paraguaio da Ponte, das mesmas obras de reformas feitas pelo governo brasileiro com o intuito de organizar a circulação de pessoas e de veículos e de aumentar a fiscalização. Essas obras deverão custar US$ 3 milhões.
Segundo o embaixador José Eduardo Felício, subsecretário de Assuntos da América do Sul do Itamaraty, o governo brasileiro ajudará o do Paraguai a identificar as fontes de financiamento das obras, mas não as financiará. Uma nova reunião de negociação foi acertada para a próxima terça-feira (28), em Foz do Iguaçu, em que um grupo de trabalho tratará de medidas de curto prazo, entre elas o controle das autoridades aduaneiras dos dois países sobre a emissão de notas fiscais e a apreensão de veículos.
