O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PT-RS), disse hoje que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "muito tranqüilo" em relação às
investigações de corrupção nos Correios. "Ele não tem nenhuma opinião especial
sobre o tema, mas demonstra-se como alguém que vem conduzindo o país e as suas
forças de combate à corrupcao, à fraude, e a todo tipo de crime com muita
energia".

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O vice-líder viajou com Lula do Brasil para a Coréia e
acompanha a visita oficial que o presidente faz nesta semana ao país. "Se alguém
acha que nós estamos com medo, acuados, está completamente enganado. Nós não
temos medo de CPI", afirmou o deputado.

Albuquerque também comparou a
ação de combate à corrupção empreendida pelo atual governo com a dos anteriores.
"Antes desse governo, nao houve nenhuma ação tão eficiente, eficaz e de forma
permanente em desbaratar quadrilhas, combater a corrupção, fraudes,
narcotráfico, todo tipo de crime organizado no país", disse.

Ele
criticou especificamente o governo Fernando Henrique Cardoso, que disse ter
subvertido o papel do Ministério Público: "Ao contrário do governo que nos
antecedeu, que transformou o Ministério Público num órgão, pelo menos na sua
cúpula, engavetador de denúncias, temos sido parceiros para que o Ministério
Público aja com independência, como tem feito".

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Sobre a articulação no
Congresso com relação às investigações, Albuquerque afirmou que o governo "vai
cobrar dos aliados bom senso", porque "o pedido de CPI é um pedido de quem quer
antecipar a eleição, de quem quer criar, não a cultura da verdade neste momento,
quer criar é a cultura da confusão".

O vice-líder espera que os aliados
não caiam no "canto da sereia" da oposição, abrindo a possibilidade de se criar
um "ambiente ruim", uma "perspectiva de dificuldade de governabilidade, que é
tudo de que o Brasil não precisa neste momento".

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Segundo Albuquerque, o
governo acredita que os parlamentares vão levar em conta que o caso nos Correios
já está sendo profundamente investigado pela Polícia Federal. "Já nos próximos
dias vamos ter indicativo se se tratou de um episódio específico, de um camarada
que deu uma de malandro, usou nome de outros, ou se tem outras ramificações".