Fim de semana passado estive em Balneário Camboriú (SC) para relaxar a mente e o corpo. A cidade não estava entupida de gente como no Ano Novo, mas tinha um movimento considerável. Fui para as praias nas cercanias de Camboriú, onde a natureza foi mais pródiga, e aproveitei. Até ai tudo bem.

O problema foi à noite. Estive numa festa na Praia Brava, onde fiquei horrorizado. Dezenas de jovens de corpos esculturais e senhores se drogavam de maneira absurda. Consegui notar as pessoas consumindo lança-perfume, maconha e ecstasy. Havia garotas de 17 anos que bebiam o lança-perfume, enquanto os traficantes que vendiam a droga no local se aproveitavam do péssimo estado das mesmas. E o pior: nenhum policial na redondeza para a segurança e fiscalização do consumo e comércio de entorpecentes.

Depois de presenciar tal cenário, minha noite se transformou em análise de comportamento. Fiquei imaginando os pais desses jovens, que estavam em casa tranqüilos, pensando que seus filhos estavam se divertindo de uma maneira saudável e equilibrada. Esse é o mundo cão em que vivemos, onde os jovens saem de casa para se divertir, destruindo o maior bem que eles têm: a saúde.

Todos sabem que Camboriú é o balneário mais visitado do Sul do País, então cabe aqui uma pergunta: Por que as autoridades de Santa Catarina não focam um pouco mais de atenção no local? E a polícia, que parece estar fazendo vistas grossas para tal panorama. As autoridades devem pensar que por trás desse consumo desenfreado de drogas no mundo atual existe um pai e uma mãe que sofrem de maneira desumana. E um dia tal autoridade pode estar sofrendo desse problema, justificado quem sabe pela omissão e liberdade dada à atual sociedade.

Esse problema, porém, não é exclusivo de Camboriú. Basta ir para o litoral paranaense e vamos encontrar o mesmo mal. As pessoas se transformam em época de temporada, deixando de lado muitos valores adquiridos durante anos de educação.

Não sou pai ainda, mas sei o que estou falando. Não queiram ver alguma pessoa próxima envolvida no mundo das drogas, pois o caminho de volta é árduo e quase sempre sem volta. Portanto, pais, prestem atenção em seus filhos, pois enquanto vocês dormem, eles podem estar nas mãos de traficantes que, além de ganhar e viciar pessoas puras, se aproveitam sexualmente delas. Não deixem seus filhos pararem numa clínica de reabilitação ou que saiam de casa com o pretexto de que precisam de mais liberdade. Lutem e vigiem enquanto é cedo, porque depois só Deus e muito amor e união familiar para salvar essa pessoa.

É tão bonito viver a vida de cara limpa. Por que estragá-la com as drogas? Se droga fosse bom, ela viria no leite materno. Então pensemos nisso e lutemos pela harmonia e o bem da humanidade e das famílias.

Anselmo Meyer (reporter2@parana-online.com.br) é editor de Cidades em O Estado

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