São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira (15) que as trocas comerciais e negociações sobre investimentos entre o Brasil e a Venezuela tendem a continuar, a despeito da posição nacionalista manifestada pelo presidente reeleito daquele país, Hugo Chávez. Furlan destacou a importância da entrada da Venezuela no fortalecimento do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul). ?Não vejo grandes problemas no campo do comércio e investimentos?, disse Furlan, após salientar a importância da Venezuela como parceiro comercial.
O ministro observou que os países membros do Mercosul discutem neste momento a ampliação de suas relações com os demais blocos regionais do mercado internacional. E nesse sentido considera que a reunião entre os signatários (do Mercosul) a ser realizada na próxima sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, ?virá num momento muito particular porque se analisa a ampliação da relação do Mercosul com outras nações do mundo?.
Furlan deu as declarações depois da cerimônia de abertura da 34a Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro, que acontece até o próximo dia 18, no Parque Anhembi, em São Paulo.
No discurso de abertura da feira, o ministro sinalizou que pode permanecer no cargo ao declarar-se um aliado do setor calçadista na recuperação dos recursos a que têm direito por meio do repasse de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). ?Me deixa inquieto o fato de algumas empresas terem até 50% de seu patrimônio líquido em créditos a receber, o que tira a sua competitividade?, afirmou.
Em entrevista à imprensa, disse que a sua continuidade na pasta deverá ser definida dentro de duas ou três semanas. Ele recebeu apoio do governador de São Paulo, José Serra, que manifestou no ato o desejo de vê-lo mantido no ministério.
