O Departamento de Comércio Internacional do Ministério da Agricultura e Abastecimento divulgou números das exportações do período janeiro-setembro do corrente ano. Há motivos de sobra para comemorar. O agronegócio brasileiro faturou, no período, US$ 32,5 bilhões, registrando um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A diferença superavitária entre exportações e importações agrícolas do período – US$ 28,7 bilhões – estabeleceu um novo recorde histórico. Por essas e outras, custa compreender tratamento, não raro, inamistoso, que a autoridade monetária do governo dispensa aos vários segmentos da produção agropecuária.
O excelente desempenho das exportações agrícolas do País teve como base a venda de grandes partidas de carne (33%), açúcar e álcool (56,8%), fumo e tabaco (19,4%), frutas e hortaliças (9,8%) e leite, laticínios e ovos (18,5%). Nossos principais compradores foram a União Européia, Ásia, Nafta, Europa Oriental, Oriente Médio e África.
Não é de hoje que o saldo favorável da balança comercial brasileira, um dos surrados argumentos de Lula para exaltar os avanços da economia, é garantido pela exportação de produtos primários.
Isso não impede, porém, que representantes do setor, e entre eles o próprio ministro Roberto Rodrigues, batam-se arduamente para conseguir um tratamento diferenciado.