As vendas no comércio varejista do Paraná estão em recuperação. Pesquisa da Federação do Comércio Varejista do Estado do Paraná (Fecomércio), realizada no mês de julho, aponta crescimento nas vendas do comércio na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Londrina e Maringá.

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No mês de julho, as vendas no comércio varejista da RMC foram 12,18 % maiores em comparação com junho. Em Londrina, o aumento nas vendas foi de 5,21 % e, em Maringá, de 2,37 %. Os fatores que contribuíram para o desempenho positivo no mês de julho, segundo a Fecomércio, foram o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores, com a entrada em vigor dos novos salários mínimos nacional e estadual, e a Copa do Mundo, que aqueceu as vendas em segmentos de produtos específicos.

Outros fatores que ajudaram na recuperação nas vendas, segundo o consultor da Fecomércio, Vamberto Santana, foram o esgotamento dos efeitos negativos da crise do agronegócio, a inflação em queda, que estimula o consumo, e a baixa taxa de câmbio, que facilita as importações de produtos mais baratos, o que força a indústria baixar os preços também pelos efeitos da concorrência. Também são citados os gastos adicionais proporcionados pela campanha política, que movimenta uma série de empregos temporários, desde a contratação de pessoal nos comitês até o maior número de contratos com gráficas, concessionárias de veículos e serviços de pintura.

Santana citou ainda os efeitos positivos do agronegócio na região Norte do Estado que contribuem com a recuperação da renda. Ele citou o bom desempenho das safras de álcool e açúcar, da laranja e do café. ?A comercialização dessas lavouras, que está bastante positiva, resulta no aumento de renda para os trabalhadores e isso se reverte no aumento das vendas do comércio local?, afirmou o consultor.

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?O desempenho positivo aponta para recuperação das vendas que deverão se consolidar, cujo ápice deverá acontecer no final do ano?, disse o consultor. Para ele, o resultado das vendas e Londrina e Maringá já é um indicativo que os efeitos da crise do agronegócio começam a se esgotar. ?Na região Oeste, houve queda nas vendas, de 15,5 % explicada pela maior dependência do agronegócio, cujos efeitos da crise começam a ser superados?, avaliou.

Primeiro semestre

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O comércio da Região Metropolitana de Curitiba foi o único que sofreu menos com os efeitos da crise do agronegócio. Nos primeiros sete meses de ano, as vendas aumentaram 1,31%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas cresceram 6,74% na região. Entre os produtos mais vendidos de janeiro a julho, segundo a Fecomércio, foram vestuário, combustíveis e lubrificantes, artigos de livrarias e papelarias, móveis, decorações e utilidades domésticas e mercadorias de lojas de departamentos.

Na RMC, a existência de muitos servidores públicos federais, cujos salários são determinados por Brasília, e de outros servidores públicos ajudaram a manter as vendas aquecidas, conforme avaliação de Santana. ?Nas demais regiões estamos saindo da crise?, afirmou.

Em Londrina, as vendas mais aquecidas ocorreram nas lojas de calçados, de vestuário, tecidos, livrarias e papelarias e lojas de departamentos. Em Maringá, venderam mais as livrarias e papelarias, lojas de departamentos, combustíveis e lubrificantes, farmácias e perfumarias e materiais de construção.