Vendas de carros no mercado interno continuarão aquecidas, prevê Anfavea

A meta de 7,7% de crescimento nas vendas de veículos nomercado interno para este ano poderá até ser superada. A afirmação foifeita hoje (6) pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantesde Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb.

Eledisse que os negócios deverão continuar estimulados pela manutenção daslinhas de crédito com prazo mais longo de quitação e juros atrativos,mas ressaltou: Não dá para dizer que o patamar será [mantido em]15%. Golfarb se referia ao resultado recorde de vendas nomercado interno, tanto do primeiro bimestre do ano quanto de fevereiro último.

No mês passado, foram licenciados 146.765 veículosnacionais e importados. Embora tenha sido 4% inferior ao resultado dejaneiro o total foi o mais alto já registrado em um mês defevereiro na história da indústria automobilística brasileira,superando em 14 8% o movimento de igual mês do ano passado. Nobimestre, foram licenciados 299.696 veículos, 14,9% mais do que nosmeses de janeiro e fevereiro de 2006.

A entrada no mercadodos veículos montados fora do país cresceu 190%, mas, para Golfarb,isso não é motivo para preocupação. Ele informou que a participaçãoainda é bem inferior de unidades da produção doméstica. Golfarbdestacou ainda que a situação interna saudável nos negócios leva a umaprojeção de continuidade no aquecimento das vendas.

Issosignifica que, no mês passado, o volume de crédito para compra deveículos aumentou 20%, passando de R$ 53 bilhões, em fevereiro de 2006,para R$ 64 bilhões. No mesmo período, a taxa de inadimplência oscilouem torno de 3,3%, ligeiramente acima dos 2,5%, em igual mês do anopassado, mas em nível bem abaixo do verificado no segmento de bensduráveis (7,5%).

Quanto s vendas externas, também foiregistrado recorde para um mês de fevereiro, mas apenas em valorfinanceiro, com US$ 942,4 milhões, 18,3% acima de janeiro último e 1,9%superior ao resultado de fevereiro do ano passado. O número de veículosnegociados no mercado internacional, no entanto, foi 9 7% inferior aode fevereiro de 2006 com 64.137 unidades. Sobre janeiro passadoaumentou em 34,3% e, no bimestre, houve recuo de 13,2%.

De acordocom Golfarb, a indústria automobilística continua desestimulada paraexportar seus produtos e tenta compensar no preço a falta decompetitividade. Ele disse que, em decorrência dessa situação, o rítmoda atividade produtiva tem caído, e citou dados comparativos doacumulado dos primeiros dois meses do ano com igual período dos doisanos anteriores. Em janeiro e fevereiro deste ano de 2007, foramproduzidos 404,7 mil veículos ante 400,9 mil em 2006, o que significacrescimento de 1%. Mas, em 2006, a produção havia sido 12,7% maior doque no bimestre do ano anterior e, em 2005, houve crescimento de 11,3%.

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