Vendas de carros luxuosos diminuem no Brasil

As vendas de carros superluxuosos encolheram no Brasil, diante de um mercado total que vai bater recorde este ano. Mesmo com o dólar em queda e a economia em ascensão, o brasileiro endinheirado busca menor exposição e está migrando para modelos mais discretos, que chamam menos atenção nas ruas, embora por dentro ofereçam conforto, segurança e tecnologia.

Em 1997, ano recorde para a indústria nacional – com vendas de 1 87 milhão de automóveis e comerciais leves -, o segmento de luxo que inclui ícones como Ferrari e Jaguar e clássicos como Audi e Mercedes-Benz, teve participação de 0,5% nas vendas. Este ano, quando novo recorde será batido, com cerca de 2 milhões de veículos, a participação deve ficar abaixo de 0,4%, calcula o presidente da Audi do Brasil, Andreas Deges.

"Com o crescimento da economia, a lógica seria que o mercado de luxo fosse ampliado, mas não é o que acontece", diz Deges. A Audi até mudou sua estratégia no País. Está mais dedicada a oferecer modelos cada vez mais luxuosos – e caros – do que apostar em um grande aumento de carros vendidos.

Está ganhando espaço nas ruas uma frota de sedãs que redefine o conceito de superluxo, com um estilo mais discreto. Carros como Honda Accord, Volkswagen Passat e GM Omega tiveram os negócios ampliados de 4.976 unidades em 2000 para 7.180 no ano passado. São modelos que custam entre R$ 90 mil e R$ 300 mil.

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