As vendas das indústrias do Paraná apresentaram crescimento de 2,14% nos cinco primeiros meses de 2006 em comparação a igual período do ano passado. Dos 18 itens pesquisados, oito tiveram variação positiva. Dos três gêneros de maior participação relativa na economia do Estado, dois cresceram – Produtos Alimentares (+16,6%) e Química (+2,27%) – e um apresentou variação negativa: Material de Transporte (-8,27%).
Em relação ao destino, houve aumento de 9,78% nas vendas realizadas dentro do Paraná e 1,69% nas vendas para outros Estados. Os números constam da pesquisa Indicadores Conjunturais, do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e foram divulgados nesta terça-feira (04).
Ainda de acordo com a pesquisa, no acumulado de janeiro a maio, os setores com melhor desempenho no período foram: Perfumarias, Sabões e Velas (+142,15%); Couros, Peles e Produtos Similares (+87,05%); Editorial e Gráfica (+17,76%) e Produtos Alimentares (+16,60%).
Já as maiores quedas nas vendas foram registradas nos itens: Matérias Plásticas (- 48,58%); Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos (-45,96%); Material Elétrico e de Comunicação (-28,57%); e Madeira (-23,68%).
?O pequeno crescimento foi motivado por questões sazonais que influenciaram alguns segmentos industriais?, analisa o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. ?A verdadeira recuperação das vendas, com a retomada do crescimento da indústria como um todo, depende de mudanças estruturais da política macroeconômica, como a redução das taxas de juros e a redefinição da política cambial?, defende.
Segundo o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt, o crescimento nas vendas foi impulsionado principalmente por políticas públicas que determinaram um relativo aquecimento do poder aquisitivo da população, com o aumento do salário mínimo, o programa bolsa-família e a concessão de crédito consignado com desconto em folha de pagamento.
De acordo com ele, isso se evidencia pelos dados divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos, mostrando que as vendas de eletrodomésticos cresceram 7,61% no primeiro trimestre do ano em comparação a igual período de 2005.
?Estes desempenhos são localizados e largamente impulsionados pelo comprometimento da renda futura dos consumidores?, analisa Schmitt. Segundo ele, esta mesma situação não se verifica nos demais setores industriais, o que comprova que o crescimento é localizado e sazonal.
