O que uma mochila, um caderno e uma camiseta podem ter em comum? Quando a narrativa lida com o bullying no ambiente escolar, eis que surgem os delicados personagens que dão vida ao espetáculo BuZum! – Intolerância.

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Projeto integrante da companhia Pia Fraus, o BuZum! estreou no Festival de Teatro de Curitiba com cinco apresentações nas tardes de sábado (28) e domingo (29) no Museu Oscar Niemayer (MON), além da visita a colégios da rede pública de ensino programada na semana seguinte, em oito sessões diárias.

O BuZum! revive os antigos saltimbancos – pequenos teatros que se deslocavam de cidade em cidade durante a Idade Média –  mas, dessa vez, com auxílio de motores a quatro rodas. São três ônibus como o que está estacionado nas cercanias do MON, atualmente distribuídos em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Tudo acontece ali dentro, em um espaço estilizado, com ar-condicionado, que comporta até 40 pessoas. Em 20 minutos, um convite à reflexão, sem lançar mão de emitir julgamentos sobre agressor e vítima.

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“Quando você fala de bullying dentro da escola, dificilmente a escola quer aceitar que têm casos assim ali dentro, em que repetidas vezes você sofre a mesma violência”, ressalta Mari Gutierrez, diretora do BuZum!.

Para ela, a intolerância nas escolas é um componente das relações humanas que também merece uma abordagem artística.  “Há sempre três funções nessa relação: ou você vai fazer, ou vai sofrer, ou vai assistir”, continua.

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Embora a companhia tenha muitos integrantes na equipe, vieram para Curitiba cinco profissionais: uma produtora, um técnico, o motorista e dois atores.  O ator Fábio de Sousa afirma que atuar no festival promove o encontro do BuZum! com um público diverso.

“A gente acaba tendo um retorno e um olhar dentro da cena que é um cuidado não apenas para a parte pedagógica do espetáculo, mas também para o lado artístico do trabalho”, comenta.

A atriz Natália Kesper salienta que é um privilégio fazer parte do festival. “É muito bom ter essa oportunidade de mostrar para outras pessoas que não estão na escola, artistas de outras companhias (…). Essa conversa é muito importante”, destaca. 

O público

O gerente administrativo Wilson disse ter sido impactado positivamente pela peça. “Ela explica nitidamente para as crianças e os adultos a questão da violência e como tratá-la de forma pacífica, dando a volta por cima”, comenta.

Agenda:
Março
Instituto Renault – dia 30
Colégio Estadual Paulo Leminski e Educação Especial Central – dia 31
Abril
Colégio Estadual Djalma Johnson – dia 01
Colégio Estadual Boa Esperança – dia 02
Parque Barigui – dia 03