Por motivos diferentes, Paulo Baier, Edmundo e Juninho não apresentaram bom desempenho antes da Copa do Mundo. Contusões, desentendimentos e a pressão por boas atuações foram transformadas em uma única sentença, definitiva: os três estavam velhos demais para o Palmeiras. Mas bastou vencer os seus dois jogos após um mês de treinamentos intensivos para que, subitamente, a avaliação mudasse: os jogadores – de 33, 31 e 35 anos, respectivamente -, são a dose de experiência de que o time precisa

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A motivação e a confiança trazidas pelo trabalho com Tite, além do período adequado de treinamento, promoveram o renascimento dos três jogadores, que participaram diretamente dos cinco gols da equipe nos dois últimos jogos. Edmundo marcou dois, contra o Vasco; Paulo Baier fez o único contra o Corinthians; e Juninho brindou o time com belos passes

"Antes do jogo com o Vasco, a gente não sabia o que ia acontecer. Ficamos meio desconfiados, ansiosos. Mas, no jogo, quando sofremos o empate, a reação foi outra: tivemos calma. Antes, ficávamos loucos", analisou Paulo Baier, sobre a vitória por 4 a 2

Vale lembrar que o ala-direito foi o "presente de Natal" prometido pela diretoria palmeirense no fim de 2005. Porém, atuando fora da sua posição sob o comando de Emerson Leão, Baier deixou muito a desejar. "Ele veio do Goiás com uma expectativa enorme, para um time onde a exigência é muito maior. Precisava reproduzir aquele padrão de atuação, mas não conseguia", lembra Tite

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O treinador também não economiza elogios a Juninho, que quase não jogou esse ano. Depois de sofrer uma contratura muscular na última partida do Brasileiro passado, o meia só havia atuado quatro vezes em 2006, devido ao demorado processo de recuperação. "Para mim, ele foi o melhor em campo contra o Vasco. Foi o jogador que deu cadência à equipe", ressaltou Tite. Bem ao seu estilo, o jogador saiu em velocidade e deu o passe para os 2º e 4º gols do time naquela partida

Defender Edmundo, portanto, ficou fácil para Tite. O atacante é o artilheiro do Palmeiras na temporada, com 15 gols. O atleta, que chegou a se desentender com o técnico após ser substituído no jogo contra o Flamengo e quase deixou o clube, é agora peça-chave para o sistema 3-6-1 usado pelo treinador. "Agora temos um Edmundo condicionado, com bom preparo físico. Isso, unido à sua qualidade, tem feito a diferença.

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