Os segmentos de veículos automotores (6,2%), alimentos (2,5%) e máquinas e equipamentos (3,1%) puxaram o crescimento da produção industrial (1,6%) em maio ante abril, segundo destacou o chefe da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Silvio Sales.

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Ele observou que o segmento automotivo tem um forte encadeamento na indústria como um todo, já que o aquecimento na produção de automóveis tem impacto em segmentos como siderurgia e autopeças.

Por outro lado, o destaque negativo nessa base de comparação foi o segmento de material eletrônico e equipamentos de comunicação (-7,9%). De acordo com Sales, este segmento sofreu impactos da greve na Receita Federal, que provocou dificuldade de importação de matérias-primas e componentes e, ainda, da redução das exportações em conseqüência da mesma greve e do câmbio, como ocorreu no caso dos telefones celulares.

Energia

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O aumento de 5,9% na produção de bens de capital em maio ante igual mês do ano passado foi puxado por itens para energia elétrica (38,1%), para construção (24,6%), para transporte (7 2%) e para uso misto (como computadores, 3,3%). Houve queda em bens de capital agrícolas (-8,8%) e para fins industriais (usados em investimentos na própria indústria, -0,8%).

Silvio Sales avalia que os dados de bens de capital em maio confirmam a alta dos investimentos. Ele ressalta que a queda na produção de máquinas e equipamentos para fins industriais pode estar sendo compensada por importações. O argumento é que as importações de bens de capital cresceram 26,8% (em US$) na média diária no acumulado de janeiro a maio ante igual período de 2005 e, nessas compras, predominam os bens de capital para a indústria.

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