A Polícia Federal (PF) de Cuiabá, no Mato Grosso, deve ouvir hoje (20) à tarde o depoimento do dono da Planam, Luiz Antonio Vedoin. A polícia ainda tenta localizar Darci Vedoin, pai de Luiz Antonio, para que ele também preste depoimento. A empresa é acusada de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
De acordo com a PF, o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado, pedirá mais diligências para ajudar nas investigações. Ele deve enviar ainda hoje o inquérito para a Justiça, para que os pedidos de diligência sejam analisados. Ontem (19), após a instauração do inquérito na PF, a Justiça Federal decretou segredo de Justiça nas investigações.
A polícia também pretende intimar o assessor de risco e mídia da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, o ex-secretário do Ministério do Trabalho e responsável pelo capítulo de Trabalho e Emprego do programa de governo da candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Oswaldo Bargas, e uma terceira pessoa, de nome Expedito.
Lorenzetti, que ontem pediu o desligamento formal da campanha de Lula, era chefe imediato de Gedimar Passos, um dos acusados de tentar vender um dossiê que comprovaria a participação de políticos no esquema, como o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra.
Bargas teria participado de negociação com uma revista de circulação nacional para a venda dos documentos. Tanto Bargas quanto Lorenzetti teriam checado o interesse da revista em produzir matérias com base nesses documentos.
O terceiro intimado, Expedito, é um funcionário do Banco do Brasil que presta serviço para a campanha de Lula e também teria participação no esquema.