O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro Lins, disse que o estado de saúde do
papa João Paulo II é grave, mas ele decidiu ficar no Vaticano e não ir ao
hospital. Esta manhã, o papa concelebrou a Santa Missa, seguiu com atenção toda
a leitura do texto na celebração da via crúcis. Depois, disse que faria outra
liturgia. Neste momento, a situação está estável. Mas ainda é grave. A pressão
arterial está instável. Mas ele está lúcido, consciente e "extraordinariamente
sereno". Durante esta noite, ele foi assistido por médicos, disse Lins. O
porta-voz disse ainda que o papa tem muita dificuldade em respirar.
O papa sofreu uma parada cardíaca e uma septicemia (infecção generalizada), informou o porta-voz da Santa Sé, Joaquin Navarro Valls, na madrugada de hoje (horário de Brasília). "As condições de saúde do papa são muito críticas", disse o porta-voz. A imprensa italiana noticiou que o papa entrou em coma, o que foi negado pelo Vaticano.
Ontem, João Paulo II teria recebido a extrema-unção – ou unção dos enfermos. A saúde do papa piorou devido a uma infecção urinária, que reduziu sua pressão arterial e causou uma febre muito alta. Ele passou a ser tratado com antibióticos. Apesar do agravamento do quadro, João Paulo II não voltou a ser internado. Desde anteontem, ele se alimenta por meio de uma sonda nasogástrica.
