O atacante Romário ficou fora do clássico contra o Flamengo, no Maracanã, por critério técnico, alegou a diretoria. Nos últimos três dias, ele não treinou e foi castigado. O craque, aos 40 anos, perdeu as regalias em São Januário. Nesta segunda, ele agendou uma reunião com o presidente Eurico Miranda e deve pedir a rescisão de contrato – o dirigente, porém, não sabe se ele vai aparecer no clube. Sem o artilheiro, o Vasco venceu o Flamengo, por 2 a 1, mas de nada adiantou.

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Os dois times terminaram o Carioca de forma melancólica: eliminados da Taça Rio, o segundo turno do Estadual do Rio. Além disso, no fim da partida, jogadores vascaínos e rubro-negros se agrediram.

Neste domingo de manhã, Romário ligou para o vice-presidente de Futebol do clube, José Luiz, colocando-se à disposição para enfrentar o Flamengo. Ele, no entanto, não contava com a negativa do dirigente, cuja decisão teve o apoio do presidente Eurico Miranda. A Assessoria de Imprensa do Vasco informou que a ordem para barrar Romário partiu do técnico Renato Gaúcho, com quem havia se desentendido após ser substituído na partida contra o Fluminense, no início de março. A amizade ficou abalada Nos dois dias seguintes ao clássico, eles nem se cumprimentaram durante o treinamento da equipe.

Além disso, o treinador ainda não engoliu as críticas do craque ao elenco, depois da derrota para a Cabofriense, por 2 a 0, no meio de semana – resultado que praticamente eliminou o time do Carioca. Na ocasião, o atacante dissera: "Nem mágico dá jeito no Vasco". A declaração foi interpretada pela diretoria como um desrespeito à instituição, algo inaceitável na avaliação do Eurico Miranda. O dirigente, no entanto, ainda busca uma solução para contorna a crise. Ele não esconde de ninguém o desejo de ver o Romário encerrar a carreira no clube que o projetou.

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A partida

O clássico foi fraco tecnicamente, um retrato fiel da qualidade de Vasco e Flamengo. O time cruzmaltino fez 1 a 0, aos 43 minutos do primeiro tempo, marcado pelo volante Ygor. A equipe rubro-negra empatou logo em seguida, em cobrança de falta do volante Diego Souza. Na etapa final, Morais fez um belo gol, garantindo a vitória.

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A pancadaria começou próximo do fim do jogo. Morais atrapalhou uma cobrança de falta do adversário e, a partir daí, o tumulto foi generalizado. No reinício do clássico, Morais e Diego Souza foram expulsos. Depois do apito final do árbitro Edílson Soares da Silva, a confusão recomeçou. Um policial militar usou spray de pimenta para separar os brigões.