Varig tenta se recuperar com promoções

Com a credibilidade em baixa após a longa crise que enfrentou (e que ainda não foi superada), a Varig tem apelado às promoções e tentado caprichar no serviço de bordo para trazer os passageiros de volta. A passagem na ponte aérea Rio-São Paulo custa R$ 160 – muito menos que o preço das concorrentes -, a empresa dá milhas em dobro no programa Smiles e os passageiros podem ganhar uma passagem de ida e volta a Buenos Aires com 12 mil milhas, quando a exigência normalmente é de 20 mil milhas.

A estratégia, aparentemente, tem funcionado. Nos poucos vôos que a companhia oferece hoje, a ocupação tem sido satisfatória. Mas não tem gerado muita receita. "Nesse momento de transição, em que não temos ainda o cheta (certificado de habilitação sem o qual a empresa não pode operar), o objetivo é trazer o passageiro de volta, muito mais do que gerar caixa", diz uma fonte da empresa.

Mas ele garante que, na ponte aérea, a grande maioria dos passageiros é pagante, e que a tarifa de R$ 160 garante alguma rentabilidade. "A empresa está enxuta." Segundo ele, a tarifa de R$ 160 deve durar ainda por um bom tempo.

A crise da Varig, que chegou ao auge com as cenas de vôos cancelados no Brasil e no exterior e longas filas de passageiros sem saber o que fazer em aeroportos de todo o mundo, deixou marcas na imagem da empresa. Com poucos aviões, a empresa encolheu. A companhia, que chegou a ter 70% do mercado, teve no mês passado uma participação de cerca de 2% nos vôos domésticos, metade da BRA.

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