A Varig pretende convencer o juiz da Corte de Falências de Nova York, durante audiência nesta manhã, a manter a liminar que impede empresas de leasing de arrestar seus aviões. Vai argumentar que, sem aviões, será mais difícil pagar as dívidas.

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Na defesa apresentada ontem ao juiz Robert Drain, os advogados da Varig pedem mais um "prazo breve" para a conclusão da venda para a NV Participações (sigla de Nova Varig, nome com que o TGV – Trabalhadores do Grupo Varig se apresentou), que venceu o leilão de compra da companhia.

A empresa reitera a expectativa de que a NV apresente até hoje US$ 75 milhões para pagar a dívida contraída nos últimos meses com as empresas de leasing. Mas, até ontem à noite, os credores não receberam nenhum sinal de que a quantia seria paga.

O pagamento de US$ 75 milhões pelo comprador da Varig no leilão foi um dos principais argumentos usados pela Varig na última audiência, em 31 de maio, quando ganhou mais 13 dias de proteção da liminar.

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A defesa da Varig foi protocolada ontem, antes da decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da Justiça do Rio, de dar mais 48 horas para a NV. Como Drain tem agido sempre em sintonia com a corte brasileira, a expectativa da Varig é que ele conceda mais esse prazo.

No documento, os advogados revelam ainda que a Corte brasileira já tem um plano alternativo para o caso de a NV não conseguir apresentar os recursos: a "falência continuada" da empresa. Apesar de a lei de concessões determinar a perda imediata da concessão no caso de falência de uma companhia aérea, de acordo com a defesa da Varig o juiz Ayoub estaria disposto a dar outra interpretação, sob a ótica da nova Lei de Falências.

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Na falência continuada, a Varig seria oferecida aos investidores que demonstraram interesse e não fizeram proposta no leilão da quinta-feira passada. Mas esse modelo de falência só seria permitido se os investidores pagassem pela empresa um valor superior à dívida contraída após a entrada em recuperação judicial, em 17 de junho de 2005. Na defesa, a Varig faz um apelo para que Drain mantenha a liminar no caso de decretação de uma falência continuada.