Varig quer anular votos de empresas de leasing

A Varig vai tentar anular os efeitos da assembléia de credores realizada ontem, questionando a legitimidade de uma das empresas de leasing que participaram da reunião. Segundo fontes, essa empresa detinha créditos contra a companhia aérea e vendeu todos. Mesmo assim, a empresa participou da assembléia e votou. Sua presença foi questionada durante a reunião. Houve bate-boca e gritaria. A Varig entende que, não sendo mais credora, a empresa de leasing não poderia participar e muito menos votar.

O questionamento na Justiça tem por objetivo acabar com a maioria de votos atualmente detida pelas empresas de leasing, as principais responsáveis pela rejeição do plano de recuperação da Varig. Juntas, elas têm 57% dos votos dos credores. Sem uma delas, há chance de o resultado ser revertido em uma nova assembléia.

Segundo fontes, a operação está sendo coordenada pelo advogado da VarigLog Roberto Teixeira, conhecido por ser compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O advogado também teve entre seus clientes o empresário German Efromovich, hoje dono da OceanAir, que, segundo rumores de mercado, fará uma oferta pela Varig. Mesmo excluindo-se a maioria de votos das empresas de leasing, porém, a aprovação do plano de recuperação da Varig em uma outra assembléia não é líquida e certa.

Ontem, segundo fontes, parte dos empregados votou contra o plano. Tampouco houve apoio unânime entre os credores ligados ao governo. Os principais credores oficiais, como Infraero e BR Distribuidora, votaram a favor do programa. Porém, o Banco do Brasil preferiu se abster. Com isso, especula-se, a instituição financeira não se opôs aos demais credores oficiais, ao mesmo tempo em que seguiu uma avaliação técnica pela qual o plano reduziria suas chances de recuperar os créditos contra a Varig. O voto do Banco do Brasil não foi decisivo na assembléia de ontem

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