O aquecimento nas vendas do comércio em agosto está relacionado à melhoria no rendimento dos trabalhadores, à queda dos preços dos alimentos e ao aumento das importações, que recheiam o varejo de produtos mais baratos, segundo avalia Reinaldo Pereira técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE. Segundo ele, o segmento de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso na pesquisa, aumentou as vendas em 7,48% e contribuiu sozinho com mais da metade (3,71 ponto porcentual) do aumento de 6,27% nas vendas totais do comércio em agosto, na comparação com igual período do ano anterior.
Pereira explica que esse segmento está sendo beneficiado pelo aumento da renda e a queda da inflação, especialmente dos produtos alimentícios. A segunda maior contribuição para a taxa do comércio no mês foi dada por móveis e eletrodomésticos (1,55 ponto), com aumento de 10,65% nas vendas ante agosto de 2005. Segundo Pereira, apesar do limite de endividamento das famílias, esse segmento ainda se beneficia do crédito farto – ainda que em fase de perda de ritmo – e também da entrada de importados no País.