Os dados do comércio varejista em novembro e no acumulado de janeiro a novembro do ano passado mostraram um desempenho melhor dos Estados das regiões Norte e Nordeste do que do Sul e Sudeste do País. Segundo observou Nilo Lopes, técnico da coordenação de comércio e serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do fato de que as políticas sociais do governo beneficiam mais as regiões Norte e Nordeste, onde estão o maior número de necessitados de programas como o Bolsa Família o desempenho econômico dessas regiões, especialmente o Nordeste foi bom em 2006. Além disso, o aumento do salário mínimo também tem maior impacto no Norte e Nordeste.

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Segundo a pesquisa do IBGE, enquanto na média do País o comércio varejista registrou aumento de 9,22% nas vendas em novembro ante igual mês de 2005, no Acre, por exemplo, o crescimento foi de 42 08% e em Alagoas, de 39,45%. Houve expansões bem acima da média também em Estados do Nordeste como Maranhão (17,07%), Ceará (13 76%), Bahia (13,40%) e Pernambuco (11,85%).

Por outro lado, Estados da região Sul como Paraná (7,11%) e Rio Grande do Sul (2,17%) mostraram crescimentos abaixo da média do País. Segundo Lopes, a região sul teve problemas econômicos em 2006 em conseqüência da crise agrícola e da queda em exportações de carnes com a gripe aviária e febre aftosa, o que acabou comprometendo o desempenho local do comércio.

O economista-chefe da Gouvêa de Souza & MD, Maurício Moura, destacou os desempenhos do comércio em regiões como Norte e Nordeste como os principais dados do varejo em novembro. Segundo ele, os números acumulados no ano, que mostram um aumento de 6 25% na média do País nas vendas do varejo de janeiro a novembro, "corroboram o fôlego cada vez mais surpreendente das regiões Norte e Nordeste que puxam o crescimento do varejo". Suas contas apontam que "consideradas apenas as demais regiões, o resultado acumulado seria de 4,5%".

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