Van soterrada é vista, mas deslizamento dificulta resgate

A equipe de resgate que trabalha no canteiro de obras da estação Pinheiros da linha 4 do Metrô conseguiu avistar, no final da manhã deste domingo (14), a traseira do microônibus engolido pela cratera aberta na sexta-feira. Segundo as informações, porém, houve um novo deslizamento de terra, chamado de "escorregão", e o veículo foi novamente perdido de vista. A equipe não pôde identificar se havia pessoas dentro do microônibus.

Com isso, as autoridades sabem onde está localizado o veículo, a poucos metros de distância de onde os bombeiros trabalham neste momento. A dificuldade, porém, é que a van foi avistada pelas equipes enquanto o trabalho de resgate era feito através do túnel do metrô, o que já não acontece mais devido ao perigo de desabamento.

Agora, os bombeiros trabalham na parte acima do túnel, e, para chegar ao veículo, será preciso que sejam retirados mais dois caminhões, além de mais um que foi removido do local por volta das 12h30.

Pelo menos quatro pessoas estariam dentro do veículo no momento o acidente, ocorrido na tarde de sexta-feira. Os bombeiros tentaram, no começo do dia, utilizar um detector de metais para localizar o microônibus. Segundo um funcionário do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no entanto, o aparelho não pôde detectar corretamente a localização, devido à interferência causada pelos caminhões e escombros.

Três carros do Instituto Médico Legal (IML) chegaram nesta tarde ao local, mas, segundo o motorista de um deles, a presença dos veículos é rotineira.

Na início da manhã deste domingo, 30 Bombeiros, 10 viaturas e uma equipe com cães farejadores participaram das buscas pelas oito pessoas desaparecidas desde a tarde de sexta-feira. Além do motorista e do cobrador do microônibus da Transcooper, dois passageiros e três outras pessoas que circulavam pela rua Capri no momento do acidente podem estar soterrados.

O major dos bombeiros Marco Aurélio Alves Pinto explicou que a equipe tenta, agora, entrar pela parte de cima do túnel, pois não foi possível avançar pelo trecho subterrâneo devido à grande quantidade de terra.

Ao todo, 140 caminhões carregados com o entulho foram retirados do local durante a madrugada. Os bombeiros confirmaram, ainda, que a grua de 50 toneladas que apresentava riscos de desabar foi estabilizada.

Ainda segundo Marco Aurélio, o trabalho é lento porque não há outra forma de trabalhar diante do peso dos caminhões e das dificuldades do terreno. Uma retroescavadeira deve nivelar o terreno para facilitar o trabalho da equipe de resgate.

O major prefere não fazer especulações sobre a possibilidade de retirar os soterrados com vida da cratera. "Quanto à perspectiva de vida, é muito difícil, mas há esperanças.

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