O empresário Marcos Valério Fernandes disse há pouco que é mentira a afirmação do líder do PMDB, deputado José Borba (PR), de que ambos se reuniram para tratar de ocupação de cargos na administração federal. "Tratei de assuntos políticos", de campanhas do PMDB", afirmou. "Até porque daqui a pouco, vou ser um ministro sem pasta, tamanhas são as acusações." "Já é ministro", provocaram parlamentares da oposição.
O empresário afirmou, ainda, que os encontros que manteve com o secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, envolviam somente relacionamentos políticos e de organização de campanhas para a eleição municipal de então candidatos do PT. "É mentira a afirmação d e que eu discuti cargos", insistiu.
Marcos Valério confirmou, também, ter-se reunido, em duas oportunidades, com o presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ). Segundo ele, os encontros também só envolveram discussões sobre campanhas eleitorais e, por isso, disse ser também mentira de Jefferson que ele tenha repassado R$ 4 milhões que o parlamentar disse ter recebido do PT para ajudar na campanha municipal.
"Também é mentira que eu tenha solicitado ao IRB-Brasil Resseguros a transferência de recursos para o Banco Espírito Santo", afirmou, negando outra acusação de Jefferson. Ao comentar a atuação de sua empresa Estratégia, de organização de campanhas eleitorais, Marcos Valério informou aos membros da CPI que organizou as campanhas do PT nos municípios de Osasco e São Bernardo do Campo, em São Paulo, e de Petrópolis, no Rio d e Janeiro, mas ressalvou que não sabia que havia empregado nas campanhas algum parente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa afirmação foi dada em resposta a um questionamento do deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), se ele tinha empregado algum parente ou filho do presidente.