O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza reafirmou, nesta terça-feira, em nota, que repassou em 2003 e 2004, por orientação do ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT Delúbio Soares, R$ 2,6 milhões ao ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos. No depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do "Mensalão", Santos negou que tenha sido o destinatário do montante de recursos.
De acordo com Valério, o dinheiro dos repasses a ele tinha como origem os empréstimos feitos a pedido do partido. "Conforme lista dos beneficiários dos recursos, já apresentada às autoridades", afirmou o empresário. "Na lista, figura o nome de Manoel Severino dos Santos, incluindo a identificação PT do Rio de Janeiro."
No comunicado, Valério negou que tenha (ou que teve) "ações da Brasil Telecom, bem como poderes para interceder na empresa". Ele destacou ainda que nunca foi procurado por Santos "para tratar de qualquer assunto relacionado àquela operadora de telefonia".
Valério afirmou que a conversa com o ex-presidente da Casa da Moeda sobre o assunto "seria inviável, uma vez que a prestação de serviços ao poder público exige processo licitatório".