O destino fez com que o técnico Nelson Rodrigues seja o responsável por levar a seleção brasileira que disputa o Sul-Americano Sub-20, no Paraguai, para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Foi uma surpresa a mudança de regras da Fifa, já que a Seleção Sub-23 é que deveria disputar a vaga olímpica.
A favor de Nelson Rodrigues conta a experiência dele nas categorias de base da CBF, com as quais lida desde 2001. Ele conta que foi campeão 11 vezes e outras quatro vice. ?Trabalhei com muitos desses meninos na seleção sub-17 (em 2005) e sei que eles podem ir muito bem no campeonato. É um grupo de muita qualidade?, garante o treinador de 41 anos.
Sobre a responsabilidade em levar o Brasil para a Olimpíada, ele não demonstra preocupação. Sabe que a pressão pela vaga e pelo único título que o Brasil não tem é grande, mas procura manter a tranqüilidade, até para não afetar os jogadores.
Rodrigues se destacou ao alcançar o vice-campeonato do Mundial Sub-17, ano passado, no Peru. A seleção foi derrotada na final para o México. Com isso, ganhou uma chance com o time sub-20, para poder colocar em prática seu estilo, como ele mesmo destaca misto de Vanderlei Luxemburgo e Parreira.
Mas, antes de pensar em classificar o Brasil para o Mundial do Canadá e para os Jogos Olímpicos, Nelson Rodrigues quer os atletas focados sempre no próximo jogo, contra a Bolívia. ?A Bolívia tem uma seleção muito bem armada e surpreendeu o Paraguai. Será um jogo muito difícil?, aposta o treinador.
Para ele, o time ainda vai evoluir, apesar de a equipe não ter mostrado um futebol bonito – na defesa, principalmente. O resultado contra o Peru (2 a 1) mostrou que o time precisa mesmo evoluir. ?Eles (peruanos) se fecharam muito bem. Mas a seleção não desistiu, criou várias oportunidades e acabou premiada com a vitória, merecida?, diz Nelson Rodrigues.
Quanto ao seu nome, não foi nenhuma homenagem ao dramaturgo. Apenas coincidência. Seu pai se chama Nilson, assim como seu irmão.
