O Brasil será, a partir do ano que vem, auto-suficiente na produção da vacina contra a gripe. No próximo dia 28, em São Paulo, será inaugurada a primeira fábrica desse tipo na América Latina e a segunda no hemisfério sul – a primeira fica na Austrália. A nova fábrica é pública. Foi construída no Instituto Butantã com verbas do governo paulista e do Ministério da Saúde. As obras e os equipamentos custaram perto de R$ 70 milhões. A fábrica garantirá uma economia de pelo menos R$ 100 milhões aos cofres públicos por ano. Esse é o valor dos 20 milhões de doses que o Ministério da Saúde compra para cada campanha de vacinação dos idosos contra a gripe.

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A vacinação nacional é realizada anualmente desde 1999. Naquele mesmo ano, o governo brasileiro firmou um acordo com o laboratório Sanofi Pasteur, que teria a exclusividade no fornecimento da vacina ao País por alguns anos e, em troca, repassaria a tecnologia para que o Butantã tivesse condições de produzir sozinho a vacina.

Atualmente, por meio desse convênio, o Instituto Butantã recebe da França a vacina bruta e a coloca em ampolas. A partir de agora, a produção completa será feita em São Paulo. A idéia é que a campanha nacional de vacinação do ano que vem já seja toda feita com o produto nacional. ?A inauguração dessa fábrica é um marco na história da saúde pública brasileira?, disse o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. Famoso pela produção de soros contra venenos de cobras e escorpiões, o Butantã é ainda responsável por 82% da fabricação brasileira de vacinas. O instituto é ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

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