De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa necessita de 3,3 metros cúbicos de água por mês. É cerca de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene.

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No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia. Aí entram os maus hábitos de consumo, instalações inadequadas ou com vazamentos e a falta de conhecimento, já que o uso racional da água ainda é pouco incentivado no país. Mas essa realidade vem mudando.

Onde a educação ambiental ainda é tímida o racionamento vem fazendo as vezes de escola e à medida que as famílias são obrigadas a conviver com interrupções no fornecimento de água e energia as dicas sobre como evitar o desperdício em casa viram ações necessárias e corriqueiras. Se você ainda não convive com racionamentos não espere que eles aconteçam para fazer a sua parte.

Dinheiro que vai pelo ralo

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A exigência da Prefeitura de Curitiba de instalar cisternas em casas e edificações para captar água de chuva e descartar aos poucos nas galerias pluviais está mudando o comportamento da população. A medida para controlar enchentes torna o armazenamento da chuva automático e, com ele, o seu uso na limpeza e descargas sanitárias, tornando as residências e empresas locais sustentáveis.

“Medida como esta reduz o impacto dos custos da água e favorece o aproveitamento da água chuva, que antes era ignorada”, explica Euclesio Finatti, vice-presidente na área de Política e Relações Trabalhista do Sinduscon-PR.

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Sistema simples

O aproveitamento da água da chuva é simples: é preciso de uma cisterna, uma caixa d’água, instalada no telhado, uma bomba para levar a água até a edificação e a tubulação para conduzi-la. Esta água armazenada pode ser usada nos sanitários e lavar áreas externas.

“Eu Curitiba, a construção de casas de alto padrão já obedece esta sistemática. Não tem cabimento construir uma casa de 250 metros quadrados e não fazer o uso racional da água. Até porque o custo deste assessório não impacta em mais do que 1% do valor total da obra”, esclarece Finatti.

Outro recurso que prédios e grandes consumidores usam é perfurar poços artesianos. “Cavar um poço pode reduzir a conta da água, mas o investimento é alto e além do mais não está sendo feito o aproveitamento da água da chuva. Pelo contrário, aumenta a captação com mais uma fonte. Além disso, a redução na conta não é tão significativa porque a Sanepar não alivia a taxa de esgoto”, analisa.

Equipamentos

Para quem quer economizar água Finatti sugere a implantação de equipamentos vendidos em lojas de construção, como a descarga acoplada ao vaso sanitário, que causa menos vazamentos e utiliza quantidade menos água nas descargas. Já existem também descargas com dois botões, para dejetos líquidos e sólidos. “Está provado que são necessários apenas seis litros de água para dar descarga num vaso sanitário.

As antigas válvulas Hidra despejavam de dez a doze litros, provocando grande desperdício”, citou. Outra aliada importante para economizar água é a torneira automática. O mercado oferece modelos com sensor elétrico e as de apertar, que dosam a saída de água de acordo com a necessidade.

Aliar estas atitudes com o monitoramento constante de vazamentos, contribui para a preservação das reservas água e ainda faz muito bem ao bolso.