Usineiros do Centro-Sul do Brasil devem rejeitar proposta do governo federal de reduzir para R$ 1 o preço do litro do álcool nas unidades produtoras, em reunião hoje à tarde em Brasília. Os empresários reuniram-se ontem (10) na sede da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) e decidiram manter a tese de que o litro do álcool hoje é mais barato do que o R$ 1 acordado com o governo na última crise do combustível, em 2003.

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O governo insiste em manter o valor acertado há três anos, enquanto os usineiros estimam que o preço hoje, com a inflação, deveria ser de R$ 1,22 nas usinas. Como o valor cobrado nas unidades produtoras está em torno de R$ 1,09, os empresários não parecem dispostos a ceder.

De acordo Luiz Guilherme Zancaner, conselheiro da Unica, "hoje o preço do álcool ainda está menor do que no último acordo e isso nós vamos mostrar para o governo". O empresário insistiu que a diferença no preço do álcool na safra e entressafra, que chega a 100% nos postos de combustíveis, seria minimizada com a formação de estoques reguladores. A reserva poderia ser feita pelo próprio governo ou financiada para os produtores.

Zancaner está em Brasília, onde participa à tarde da reunião do setor com representantes do governo, entre os quais os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e da Fazenda, Antonio Palocci.

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