O Tesouro Nacional já repassou, até o final de julho, R$ 3,91 bilhões para as empresas que instalaram usinas térmicas emergenciais. Os dados são da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), estatal responsável pela administração desses contratos. Esses custos são pagos pelo consumidor desde o final de 2001 na conta mensal de energia elétrica, por meio do “seguro-apagão” e atualmente estão em R$ 8 50 por MWh. O valor pago até agora seria suficiente para construir uma hidrelétrica de 1.500 MW de potência, o que é metade do que o País precisa construir anualmente. Instaladas no final de 2001, durante o racionamento de energia elétrica, as usinas emergenciais foram acionadas apenas no início deste ano, durante 25 dias, para atender emergência na região Nordeste, cujos reservatórios estavam abaixo da “curva de segurança”.
Devido aos elevados custos operacionais, essas térmicas só são despachadas em períodos de forte restrição de oferta devido aos elevados custos de operação. Com o início do período de chuvas, os reservatórios do Nordeste voltaram a encher e as térmicas emergenciais não foram mais necessárias. Movidas a óleo diesel ou óleo combustível, o custo de geração está entre R$ 400 a R$ 500 o MWh, muito acima dos custos das usinas hidrelétricas ou térmicas movidas a gás natural. As grandes hidrelétricas têm contratos oscilando entre R$ 50 e R$ 90 o MWh, enquanto as térmicas movidas a gás natural têm custos entre R$ 100 e R$ 150 o MWh.
Usinas térmicas já receberam R$ 3,9 bilhões do Tesouro
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